Projecto Fuga @FNAC

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Myspace

Talvez já tenham ouvido falar recentemente do Projecto Fuga. Aliás, talvez tenham até ouvido recentemente, pois tem passado algumas músicas na Antena 3. De facto, este projecto conta com o apoio desta rádio. Não é de todo estranho, pois a banda ganhou o Prémio atribuído conjuntamente pela Antena 3 e pela Sociedade Portuguesa de Autores no ano de 2007. Desde então, o Projecto Fuga tem vindo a (re)surgir-se, tendo editado recentemente o seu primeiro álbum, "01".

Mas que género de música faz afinal este grupo? Classifica-los seria difícil! São uma mescla de sons e influências. Não, são mesmo uma mescla, o termo não é usado em vão! Sobretudo quando considerando que existe um registo pop aliado a os sons africanos e brasileiros estão (quase?) sempre nas suas músicas. Para além do próprio grupo ser constituído por variados intervenientes/instrumentos, "01" conta ainda com a participação de artistas como JP Simões, Fernanda Takai (dos Patu Fu), ou Adolfo Luxúria Canibal.

Bom, mas o que me traz aqui foi o concerto que vi recentemente na FNAC de Braga. Já os tinha visto ao vivo em Março, no Centro Cultural Vila Flor. Estavam mais desfalcados, e o espectáculo foi apenas um showcase uma amostra (estou a tentar evitar os inglesismos desnecessários), no entanto, talvez devido ao ambiente intimista, o concerto fez-me lembrar que este é um projecto que merece um destaque. Deixo aqui a dica...

Never be sad

There will always be sun (for you).

The National @Centro Cultural Vila Flor

Dia 18 de Julho de 2008. A tarde tinha sido quente. 38º C era quanto marcava quando, ao final da tarde, fui buscar os meus amigos à estação. A noite era de Verão. O ar pesado. Os corpos quentes. A multidão que não abarrotava mas também não escasseava, preenchia o relvado do jardim do Centro Cultural Vila Flor (em Guimarães). Atrás, o monte da Nossa Senhora da Penha estendia-se imponente, iluminado pela Lua (quase?) cheia. O cenário estava montado...

Três noites, três bandas, um festival. Era este o plano deste ano do Festival Manta, que tem decorrido no mesmo local desde há uns anos, tendo sido nas edições anteriores um festival gratuito. Mas o mercado impõe que se pague para obter certos níveis de actuações. E assim este ano o festival esteve assente em Liars, The National e «Rinôçerôse», cada banda actuando em dias diferentes, ao que se seguíam noites animadas por dj's nacionais após os respectivos concertos.

Não conheço bem The National. Conhecia de ouvir um par de vezes o seu último álbum, "Boxer". Achava que não eram bem da minha preferência. Achava que nem gostava muito, aliás. O género era interessante, mas achava a voz entediante, as músicas arrastadas. Talvez por isso o concerto surpreendeu-me... pela positiva! É claro que o ambiente ajudou. No entanto, os The National revelaram saber tocar com qualidade e fazer-me ver (ou será ouvir?) todo um outro dinamismo nos seus temas que eu desconhecia existir.
Por outro,lado o contacto com o público foi interessante. Na linha da frente, um grupo de fãs (e possivelmente adeptos do Vitória), prolongavam as músicas cantando perfeitamente as letras, mesmo após o final destas. Isto levou um dos guitarristas a declarar "You even beat the Irish!". Ficou por esclarecer em quê!
Outro comentário, desta vez proferido pelo vocalista Matt Berninger, foi acerca do ambiente e do cenário no qual estava presente, para êxtase do público: "We've played in a lot of different places... But few were such beautiful as this...".
Vou com certeza repetir a audição de "Boxer" e quem sabe dos três outros álbuns anteriormente editados. Um bom concerto para entrar na época oficial de Verão.

Breve história da blogoesfera egoesfera ou A Saudade dos Blogues

Não, não sou novo nesta coisa de blogues (ou deverá ser "blogs"?). Mas haverá quem o seja? Longe vai a febre que deu início à actividade dos weblogs, no entanto a fama perdura e cada vez mais cresce a sua importância e, curiosamente, a polémica directa ou inderectamente associado ao fenómeno.

Durante a minha infância ainda me lembro de não usar telemóvel, nem de ter acesso à televisão, mas lembro-me dos computadores e da chegada do windows e do office. Posso dizer que já fui atingido com toda a força pela era da informação. Assim também chegou a internet à minha vida e não passou muito tempo até eu criar um blog, mesmo no início de toda o frenesim da blogoesfera. Chamava-se Floresta Celta (FC) e mantive-o durante cerca de 2 anos. Quando conseguimos manter tal projecto durante esse tempo, acabamos de por aprender algo com a experiência e, inevitavelmente, deixamos algo de nós próprios nele. Fragmentos da história de mais uma vida... ou pedaços de mais uma malga de pensamentos diluídos na blogoesfera.

Tenho o hábito de dar demasiado ênfase ao blog em si. Será isto, um sinal de falta de conteúdo?

Seguiu-se o Twisted City Lights (TCL). Blog mais versátil, menos pessoal, diferente... Não durou, nem teve tanto carácter como o FC. Aos poucos e poucos algo em mim mudou e deixei de ter necessidade de escrever no blog, se é que o escrevia por necessidade.

Hoje apeteceu-me reavivar esta coisa dos blogues. Será que desta vez por necessidade? Não me parece. Acho que foi a saudade...